Porque é que, de todos os países, não os querem aqui? Nesta terra, somos todos imigrantes (como por princípio em todas as outras, mas aqui nota-se mais). Corro o risco de não ter visto para o próximo ano. Porque já há suficientes empregos para os de fora, e alguns imbecis dizem: US JOBS FOR US CITIZENS. Ora estes atrasados mentais ainda não perceberam que se o país deles chegou onde chegou foi porque acolheu gente de todo o mundo, e deu-lhes a liberdade de começar, como uma folha em branco. Os tempos da folha em branco já vão longe, mas este país e esta cidade ainda são dos sítios mais dinâmicos do Mundo, e para onde toda a gente vai à procura de uma vida melhor, e onde o conservadorismo da Europa social-hipócrita-decadente é um fantasma remoto. Pronto, por aqui conservadores não faltam. Mas a vida de todos os dias, ainda que seja tudo feito industrialmente e sem grande gosto, sabe a aventura, a coisa nova, a fresco, e falam-se várias línguas, o empregado mexicano da Deli tem a cara toda furada e cabelo comprido, o homem das limpezas parece saído de um filme do Spike Lee (shiiiiiit!), as festas têm mamas à mostra como dizia abaixo alguém e o pôr-do-Sol entra-me pelo quarto adentro.
A vida em Portugal é muito mais confortável, mas podia ter um bocado disto que não lhe fazia mal nenhum. A não ser que continuem a fechar as fronteiras: nesse caso, vão para a puta que os pariu.
10 de junho de 2006
e os imigrantes
posto pelo Alexandre às 01:38
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2 comentários:
O desgosto está a apoderar-se de ti. OU são as saudades da Pátria!
[very tipical... eu sei-o]
Belhota...
...estás mesmo a percisar de vir cá tomar uns copos.
Até breve
Abraço
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